Actigall (Ursodiol) vs. alternativas: comparação completa

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Tabela Comparativa Completa

Medicamento Indicação Principal Mecanismo de Ação Dosagem Típica Efeitos Colaterais Custo Mensal (R$)
Actigall (Ursodiol) Dissolução de cálculos de colesterol, colangite biliar primária Reduz a saturação de colesterol na bile 10–15 mg/kg/dia em dose única Diarreia, náuseas, dor abdominal ~ 350
Ácido colestirâmico Hipocolesterolemia, prevenção de cálculos biliares Sequestra ácidos biliares no intestino, reduz recirculação 4–8 g/dia divididos em 2–3 doses Constipação, flatulência, dor de estômago ~ 120
Ácido chenodesoxicólico Estudos de dissolução de cálculos, hepatite colestática Modula a composição da bile, aumenta solubilidade do colesterol 5–10 mg/kg/dia Alteração hepática, diarreia ~ 480
Obeticholic acid Colangite biliar primária avançada Agonista do receptor FXR, reduz produção de ácidos biliares 5–10 mg/dia Prurido, elevação de enzimas hepáticas ~ 1.200
Ezetimiba Hipocolesterolemia, combinação com estatinas Inibe a absorção de colesterol no duodeno 10 mg/dia Dor de cabeça, dor muscular ~ 250
Colecistectomia Remoção de vesícula biliar com cálculos sintomáticos Intervenção cirúrgica Procedimento único Risco cirúrgico, infecção, dor pós-operatória ~ 8.000

Quando se trata de dissolver cálculos biliares ou tratar doenças hepáticas, Actigall é frequentemente mencionado como a primeira opção. Actigall é a marca comercial do ácido ursodesoxicólico (Ursodiol), um ácido biliar que reduz a produção de colesterol na bile e aumenta a sua solubilidade. Mas será que ele é a escolha certa para você? Neste artigo vamos comparar Actigall com as principais alternativas disponíveis no mercado brasileiro, analisar custos, efeitos colaterais e indicações, e ajudar a decidir qual medicamento ou abordagem atenderá melhor às suas necessidades.

Entendendo o que é Ursodiol

Ursodiol (ácido ursodesoxicólico) é um ácido biliar semissintético derivado do Urso Asiático. Ele diminui a saturação de colesterol na bile, facilitando a dissolução de cálculos de colesterol e melhorando a função hepática em doenças como a colangite biliar primária.

Principais alternativas ao Actigall

Além do Ursodiol, há outras opções que médicos podem prescrever, cada uma com mecanismo de ação distinto:

  • Ácido colestirâmico - um sequestro de ácidos biliares que reduz a recirculação entérica do colesterol.
  • Ácido chenodesoxicólico - outro ácido biliar usado principalmente em pesquisas clínicas.
  • Obeticholic acid - um agonista do receptor FXR, indicado para colangite biliar primária avançada.
  • Ezetimiba - inibe a absorção intestinal de colesterol, usado às vezes em combinação com Ursodiol.
  • Colecistectomia - cirurgia de remoção da vesícula biliar, considerada quando os medicamentos falham.

Critérios de comparação

Para avaliar cada alternativa, usamos os seguintes critérios:

  1. Indicação principal (cálculos biliares, colangite, etc.)
  2. Mecanismo de ação
  3. Dosagem típica e regime de tratamento
  4. Efeitos colaterais mais frequentes
  5. Custo médio mensal (valor de referência no Brasil em 2025)
  6. Disponibilidade no SUS ou farmácias particulares
Mesa com frascos de diferentes medicamentos e um bisturi, representando alternativas ao Actigall.

Comparação detalhada

Tabela comparativa: Actigall e principais alternativas
Medicamento Indicação Mecanismo de ação Dosagem típica Efeitos colaterais Custo mensal (R$)
Actigall (Ursodiol) Dissolução de cálculos de colesterol, colangite biliar primária Reduz a saturação de colesterol na bile 10‑15 mg/kg/dia em dose única Diarreia, náuseas, dor abdominal ~ 350
Ácido colestirâmico Hipocolesterolemia, prevenção de cálculos biliares Sequestra ácidos biliares no intestino, reduz recirculação 4‑8 g/dia divididos em 2‑3 doses Constipação, flatulência, dor de estômago ~ 120
Ácido chenodesoxicólico Estudos de dissolução de cálculos, hepatite colestática Modula a composição da bile, aumenta solubilidade do colesterol 5‑10 mg/kg/dia Alteração hepática, diarreia ~ 480
Obeticholic acid Colangite biliar primária avançada Agonista do receptor FXR, reduz produção de ácidos biliares 5‑10 mg/dia Prurido, elevação de enzimas hepáticas ~ 1.200
Ezetimiba Hipocolesterolemia, combinação com estatinas Inibe a absorção de colesterol no duodeno 10 mg/dia Dor de cabeça, dor muscular ~ 250
Colecistectomia Remoção de vesícula biliar com cálculos sintomáticos Intervenção cirúrgica Procedimento único Risco cirúrgico, infecção, dor pós‑operatória ~ 8.000 (hospital privado)

Quando escolher Actigall?

Actigall costuma ser indicado nos seguintes cenários:

  • Paciente com cálculos de colesterol menores que 15mm e sem sintomas graves.
  • Diagnóstico de colangite biliar primária em estágio inicial.
  • Quando o custo‑benefício supera alternativas mais caras, como a obeticholic acid.

É importante que o médico acompanhe a taxa de dissolução por ultrassom a cada 6‑12meses; se não houver redução, a terapia pode ser interrompida.

Quando considerar as alternativas

Ácido colestirâmico costuma ser escolhido para pacientes que não toleram a diarreia provocada pelo Ursodiol, pois ele tende a causar constipação ao invés. Já a obeticholic acid é reservada para casos avançados de colangite biliar primária, onde o Ursodiol não controla a elevação das enzimas hepáticas.

Para quem tem cálculos muito grandes ou apresenta dor intensa, a colecistectomia ainda é a solução mais rápida, embora invasiva. Em alguns protocolos, combina‑se Ursodiol com Ezetimiba para potencializar a redução de colesterol hepático, principalmente em pacientes com histórico familiar de hipercolesterolemia.

Médico analisando ultrassom que mostra diminuição de cálculos na vesícula, com paciente ao fundo.

Pró‑timos passos e monitoramento

Depois de escolher o tratamento, siga estas etapas:

  1. Realize exames de sangue (ALT, AST, fosfatase alcalina) antes de iniciar a terapia.
  2. Agende ultrassonografia de vias biliares a cada 6meses para avaliar dissolução.
  3. Informe ao médico qualquer sintoma gastrointestinal persistente - pode ser sinal de intolerância.
  4. Se houver aumento de enzimas hepáticas >2×o limite superior normal, reavalie a dose ou troque de medicamento.
  5. Considere a cobertura do SUS: Ursodiol está disponível em alguns estados para colangite biliar primária, enquanto o colestirâmico costuma ser dispensado.

Resumo das principais diferenças

  • Actigall (Ursodiol): alta eficácia em cálculos pequenos, perfil de segurança razoável, custo moderado.
  • Ácido colestirâmico: barato, útil para pacientes com diarreia, menos eficaz na dissolução de cálculos.
  • Ácido chenodesoxicólico: ainda em fase experimental, custo alto, efeitos colaterais hepáticos.
  • Obeticholic acid: indicado para colangite avançada, custo elevado, risco de prurido intenso.
  • Ezetimiba: complementar, não substitui Ursodiol, reduz colesterol sistêmico.
  • Colecistectomia: solução definitiva, porém invasiva e cara.

Perguntas Frequentes

Quanto tempo leva para o Actigall dissolver um cálculo?

Em média, cálculos de até 10mm podem desaparecer em 12‑18meses de tratamento contínuo, desde que o paciente siga a dose correta e faça acompanhamento por ultrassom.

Posso usar Actigall durante a gravidez?

Os estudos são limitados, mas o Ursodiol é classificado como categoria B pela FDA, indicando que pode ser usado se os benefícios superarem os riscos. Sempre consulte o obstetra antes de iniciar.

Quais são os principais efeitos colaterais do colestirâmico?

Constipação, gases e dor abdominal são os mais comuns. Em poucos casos pode causar obstrução intestinal se houver estreitamento pré‑existente.

A obeticholic acid pode substituir o Actigall?

Não diretamente. A obeticholic acid é indicada para colangite biliar primária avançada, enquanto o Actigall ainda é a primeira linha para dissolução de cálculos e colangite em estágio inicial.

Quando a cirurgia é inevitável?

Se o cálculo ultrapassar 20mm, causar colangite recorrente ou dor intensa, ou se houver falha na redução de tamanho após 12‑18meses de terapia medicamentosa, a colecistectomia torna‑se a opção mais segura.

  • Maria Socorro

    Lucas Salvattore outubro 9, 2025 AT 22:01

    Se você ainda acha que o Actigall é a solução universal, está enganado.

  • Leah Monteiro

    Lucas Salvattore outubro 10, 2025 AT 17:28

    Entendo sua preocupação, mas vale lembrar que muitos pacientes toleram bem o Ursodiol quando monitorados adequadamente.
    A escolha depende do perfil individual.

  • Viajante Nascido

    Lucas Salvattore outubro 11, 2025 AT 12:55

    O Ursodiol age diretamente na bile, reduzindo a saturação de colesterol e facilitando a dissolução dos cálculos pequenos. A dose típica de 10‑15 mg/kg/dia costuma ser bem tolerada. Comparado ao ácido colestirâmico, o perfil de efeitos colaterais tende a ser mais gastrointestinal, como diarreia leve. Ainda assim, em pacientes com intolerância ao Ursodiol, o colestirâmico pode ser uma alternativa viável. É fundamental ajustar a dose conforme o peso e acompanhar exames de sangue periodicamente.

  • Arthur Duquesne

    Lucas Salvattore outubro 12, 2025 AT 08:21

    Para quem busca uma opção menos cara, o ácido colestirâmico realmente tem boa relação custo‑benefício, especialmente se a diarreia for um problema. Porém, sua eficácia na dissolução de cálculos maiores é limitada, então não substitui o Actigall em todos os casos. Quando a prioridade é reduzir enzimas hepáticas, a obeticholic acid pode ser considerada, apesar do preço mais alto. Sempre converse com o gastroenterologista para alinhar expectativas.

  • Nellyritzy Real

    Lucas Salvattore outubro 13, 2025 AT 03:48

    O importante é que o tratamento seja individualizado e monitorado.
    Alguns pacientes respondem bem ao Ursodiol, enquanto outros precisam mudar para colestirâmico ou combinar com ezetimiba.

  • daniela guevara

    Lucas Salvattore outubro 13, 2025 AT 23:15

    Qual a diferença prática entre Ursodiol e o ácido chenodesoxicólico?
    O segundo ainda é mais experimental e costuma ser usado em protocolos de pesquisa, não como primeira linha.

  • Adrielle Drica

    Lucas Salvattore outubro 14, 2025 AT 18:41

    Quando analisamos o panorama completo, percebemos que cada medicamento tem um nicho específico. O Actigall traz alta taxa de dissolução para cálculos menores que 15 mm, mas requer adesão rigorosa ao tratamento de 12 a 18 meses. O ácido colestirâmico, apesar de barato, pode causar constipação que afeta a qualidade de vida. O ácido chenodesoxicólico ainda está em fase de estudo, com custos elevados e necessidade de monitoramento hepático cuidadoso. A obeticholic acid, reservada para colangite avançada, tem efeitos colaterais como prurido intenso que podem ser limitantes. Ezetimiba funciona como coadjuvante, reduzindo o colesterol sistêmico, mas não substitui a dissolução da bile. A cirurgia, embora invasiva, oferece solução definitiva quando os medicamentos falham ou os cálculos são grandes. Portanto, a decisão deve combinar eficácia, tolerabilidade, custo e preferência do paciente.

  • Alberto d'Elia

    Lucas Salvattore outubro 15, 2025 AT 14:08

    Para quem tem dúvidas, revisar a tabela de doses pode evitar erros de administração.

  • paola dias

    Lucas Salvattore outubro 16, 2025 AT 09:35

    Olha, o texto tá cheio de tabelas, gráficos, e ainda não explica por que o Actigall não funciona em todos!!! 😒, é frustrante, precisamos de respostas claras, não de listas infinitas!!! 😂

  • 29er Brasil

    Lucas Salvattore outubro 17, 2025 AT 05:01

    A escolha do tratamento para cálculos biliares não é simples e requer uma análise profunda de múltiplos fatores clínicos e econômicos. Primeiramente, o médico deve confirmar o tamanho exato dos cálculos por meio de ultrassom de alta resolução, pois apenas os menores que 15 mm são candidatos à dissolução medicamentosa. Em seguida, avalia‑se a função hepática, já que elevações significativas de ALT, AST ou fosfatase alcalina podem indicar necessidade de terapias mais agressivas. O Actigall (Ursodiol) apresenta eficácia comprovada na redução do volume calculoso, porém demanda adesão diária por mais de um ano, o que pode ser um obstáculo para pacientes com baixa aderência. Além disso, os efeitos colaterais gastrointestinais – diarreia, náuseas e desconforto abdominal – podem surgir nos primeiros meses, exigindo ajuste de dose ou uso concomitante de probióticos. Para aqueles que não toleram o Ursodiol, o ácido colestirâmico oferece uma alternativa com custo inferior, mas sua capacidade de dissolução é limitada a cálculos de composição predominantemente colesterol. Já o ácido chenodesoxicólico, ainda em investigação, tem potencial de aumentar a solubilidade da bile, porém o preço elevado e a necessidade de monitoramento hepático rigoroso restringem seu uso ao âmbito de ensaios clínicos. Quando a doença progride para colangite biliar primária avançada, a obeticholic acid se torna a opção de escolha, apesar do risco de prurido intenso e elevação das enzimas hepáticas. Ezetimiba pode ser incorporada como coadjuvante, reduzindo a absorção intestinal de colesterol, mas não substitui o mecanismo de ação direto do Ursodiol na bile. É imprescindível considerar a cobertura do SUS, pois alguns medicamentos são disponibilizados gratuitamente em determinados estados, enquanto outros exigem pagamento integral. A decisão final deve ainda levar em conta o perfil socioeconômico do paciente, incluindo a capacidade de arcar com custos mensais que podem variar de R$ 120 a mais de R$ 1 200. Em situações de cálculos superiores a 20 mm, dor recorrente ou falha do tratamento farmacológico após 12‑18 meses, a colecistectomia permanece como a solução definitiva. Entretanto, a cirurgia traz riscos inerentes, como infecção, lesão de vias biliares e necessidade de internação prolongada, fatores que também devem ser ponderados. Portanto, o acompanhamento regular com exames de sangue, ultrassonografia semestral e consulta clínica é essencial para ajustar a terapia e evitar complicações. Em suma, o tratamento ideal surge da combinação inteligente de eficácia, segurança, custo e preferência do paciente, sempre guiado por orientação médica especializada.

  • Susie Nascimento

    Lucas Salvattore outubro 18, 2025 AT 00:28

    Finalmente alguém explicou o que realmente importa.

  • Dias Tokabai

    Lucas Salvattore outubro 18, 2025 AT 19:55

    É curioso observar como a indústria farmacêutica direciona a preferência por medicamentos de alto custo, como a obeticholic acid, enquanto suprime informações sobre opções mais acessíveis.
    Algumas diretrizes parecem ser influenciadas por interesses ocultos, o que demanda vigilância rigorosa por parte dos profissionais.
    Portanto, recomenda‑se uma análise crítica independente antes de aceitar qualquer protocolo padrão.